quarta-feira, 28 de março de 2012

A linguagem pertence em sua origem à era de mais rudimentar psicologia: nós nos encontramos em meio a um rude fetichismo quando contemplamos os pressupostos básicos da metafísica da linguagem - quer dizer, da razão. É essa metafísica que vê em toda parte ação e ator, é ela que acredita na vontade como causa em geral, é ela que acredita no "eu", no eu como ser, no eu como substância, e que projeta sua crença, no eu-substância sobre todas as coisas - só assim ela cria noção de "coisa"... O erro fatal que se insinua desde o principio é o de que a vontade é algo que produz um efeito - que a vontade é uma faculdade. Hoje sabemos que é apenas uma palavra... Eu temo que nos desvencilhamos de Deus porque ainda acreditamos na gramática.

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